| Deputada Renata Abreu - Foto |
A Deputada Federal Renata Abreu (PTN-SP) declarou está arrependida em ter sido uma das mulheres a aprovar o projeto de lei que dificulta o aborto pós-estrupo.
Ora, ora, a mesma também informou que pensa em considerar a sua posição. O Defensor Feminista tem uma posição sobre o caso, leia abaixo.
Analisemos bem a situação. Sem preconceitos, nem fanatismo religioso. Muito bem, sabemos que nós, Cristãos, religiosos de uma maneira bem ampla, eu incluo, somos contra o aborto, não é mesmo? A reflexão que deixo expressada é a de que independentemente de nossos posicionamentos categóricos e religiosos não podemos interferir nos posicionamentos de outros, ou melhor, de outras que, nesse caso em especial, anseiam, protestam e até defendem a legalização do aborto, ou discordam do projeto que dificulta o aborto após estrupo. Levemos em consideração a livre escolha de cada uma.
No que que se refere ao caso exposto, o que tem que ser levado em consideração é a situação da mulher vítima de estrupo. Como negar o direito de recorrer ao aborto em caso de estrupo, visto que, a vítima declara a situação vivenciada e opta assim pelo ato de abortar? É um direito que a mulher tem! Caso o projeto seja aprovado a mulher estrupada terá que registrar boletim de ocorrência, o B.O., e realizar o exame de corpo delito, aumentando ainda mais o sofrimento e protocolos burocráticos.
A nossa sociedade é uma sociedade religiosa e fanática, esse meu posicionamento não inferi que eu sou a favor do aborto, o que eu não sou a favor é a forma de como a questão está sendo tratada. Eu não posso impor uma vontade baseada em pareceres de minha fé a uma pessoa que confessa uma outra crença, posso? Da mesma forma eu não posso influenciar uma mulher a não abortar, pois, para a minha crença tal ato não é, digamos que, permitido, no caso de estrupo então a situação fica ainda mais delicada.
Acredito que nunca é tarde para se arrepender, e no caso da Deputada Renata Abreu, a mesma precisa avaliar os seus conceitos e refletir um pouquinho mais acerca de tão ultrajante projeto de lei. O Defensor Feminista é contra o projeto relatado e também é contra todo julgamento fundamentado na hipocrisia dos moralistas religiosos e fanáticos pragmáticos.
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