segunda-feira, 2 de novembro de 2015

ASSEDIAR PRA QUÊ?

Ato de mulheres: Cunha sai, a pílula fica
Fonte: Carta Capital
Em determinado ato realizado por mulheres em prol de seus direitos, alguns machistas se acharam no direito de ridicularizar o sexo oposto, isso ocorreu na capital paulista na semana passada. Há relatos de que alguns homens chegaram a se masturbar em plena Avenida Paulista enquanto mulheres protestavam contra o presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB), o Projeto de Lei Nº 5069/13 e as inúmeras formas de violências as quais muitas delas são sujeitas. O ato do jovem, ou dos jovens homens, para mim já ficaria, e fica, tipificado como estrupo, afinal o que ele, ou eles, realizaram diante das mulheres que protestavam é um ato de violência sexual, mas enfim, pra que assediar? Por qual motivo dispersar um movimento pacífico e articulado como o feminista? É sobre isso que o Defensor Feminino quer falar hoje.

Então, novamente quero externar e AFIRMAR que a sociedade brasileira ainda vive e respirar o ar do patriarcado colonial herdado do Brasil colônia. Atos de assédio e repressão contra o movimento de mulheres ainda são nitidamente visualizados nos vários contextos sociais do Brasil atualmente. Romper com a estrutura patriarcal e paternalista será de vital importância para a ascensão das mulheres a mais espaços de poder na sociedade brasileira.

O rompimento a que me refiro será consolidado quando houver uma maior articulação entre os movimento de mulheres, óbvio que eles já são extremamente articulados e politizados, mas o que quero chamar a atenção é a unicidade de ideais e a parceria que esses movimentos devem ter. É necessário haver uma articulação conjunta entre os diversos segmentos representativos de mulheres, para que nenhuma delas sejam sub-representadas ou até mesmo fiquem sem representação. É claro que essa articulação não é nada fácil, há várias percepções de mundo, há vários pontos de vistas que necessitam ser refletidos e pensados de uma forma conjunta, objetivando um bem maior e comum a todas, e também a todos.

Assediar os movimentos de mulheres é uma tentativa de torna-los fracos, sem consistência, e isso pode causar um prejuízo terrível caso os assediadores consigam realizar os seus propósitos. Devemos companheiras nos articularmos e juntos traçarmos estratégias as quais neutralizem os intentos machistas, me incluo nessa luta pois sou um responsável defensor dos direitos das mulheres.

O Defensor Feminino sempre estará disposta para lutar e combater qualquer forma de machismo e preconceitos contra as mulheres. É difícil, mas não impossível, e você companheiro homem, que ler essa postagem, me diga caso você tem uma postura machista, assediar pra quê?



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